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Um olhar sobre Autocarros Eléctricos para Serviços de Transporte Público Urbano

Um olhar sobre Autocarros Eléctricos para Serviços de Transporte Público Urbano

 

Por Pedro Jamal, Engenheiro Electrotécnico no Município de Maputo afecto no Projecto MOVE Maputo – PTU2

Autocarro eléctrico é um veículo dotado de um ou mais motores principais de propulsão eléctrica que transmitem energia de tracção ao veículo cuja bateria é carregada mediante ligação a rede de mobilidade eléctrica ou a uma fonte de eletricidade externa, e que se destinam, pela sua função, a transitar na via pública, sem sujeição a carris.

No contexto Moçambicano é um enorme desafio introduzir autocarros eléctricos por se tratar de  uma novidade no país e que pode implicar, entre outros aspectos, ajustar o quadro regulatório  de transportes em vigor. No entanto, os autocarros eléctricos têm apresentado vantagens enormes quando comparados com aqueles movidos por combustíveis fóssis.

Diferenças entre autocarros eléctricos e os autocarros movidos por combustíveis fósseis

Diferenças Carros a combustão Carros Eléctricos
Fonte de energia
Combustivel fóssil
Bateria eléctrica
Autonomia
Menor
Maior
Custo de aquisição
Menor
Maior
Custo de manutenção
Maior
Menor
Emissðes de CO2
Maior
Zero
Desempenho
Menor
Maior
Ruído
Mais barulhento
Mais silencioso
Vida útil
Menor
Maior
Qualidade de ar
Pior
Melhor
Pressão na saúde pública
Maior
Menor

Em geral é possível dizer que os carros eléctricos são mais económicos do que os carros a combustão já que os motores eléctricos são mais eficientes na conversão de energia eléctrica em movimento, resultando em menor desperdício de energia durante o processo.

A electricidade é mais barata que o diesel, essa economia seria ainda maior se considerarmos que a energia consumida pode vir do sol, por meio de instalação de painéis fotovoltaicos em locais de carregamento.

A adopção de autocarros eléctricos pode contribuir para uma imagem mais sustentável do País, atraindo turistas preocupados com o meio ambiente.

Autocarros a combustão tem eficiência energética inferior, uma vez que parte da energia contida nos combustíveis é perdida na forma de calor.

É muito provável que os carros a combustão deixem de ser opção predominante no mercado automativo no futuro devido a factores como:

•  Crescimento da cosciência ambiental.
•  Melhoria das tecnologias de baterias.
•  Queda no custo de veículos eléctricos.
•  Alguns governos estão adoptando políticas que incentivam a transição para veículos eléctricos por serem mais limpos e sustentáveis, o que pode levar a uma diminuição gradual na demanda por carros a combustão.A transição para o uso de veículos eléctricos ainda está numa fase inicial, logo os carros a combustão ainda continuarão sendo produzidos e vendidos por muitos e longos anos.

A União Europeia, por exemplo, está com uma previsão de pausar as vendas de automóveis que utilizam o motor de combustão a partir de 2035. No entanto, o assunto ainda está sendo discutido para que os combustíveis sintéticos continuem sendo utilizados.
Os autocarros eléctricos serão mais vantajosos para os passageiros em comparação com os actuais pelos seguintes motivos:

• A utilização de veículos eléctricos nos transportes públicos vai ajudar na redução de impactos ambientais, principalmente na redução de emissões de poluentes tóxicos (monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogénio entre outros).
• Redução dos custos inerentes da poluição na saúde da população (doenças cardíacas, respiratórias), meio ambiente mais saudável, melhor qualidade de vida dos utentes, eficiência energética (o motor eléctrico converte mais energia em trabalho mecânico que o motor movido a combustão) aumentando assim a eficiência do serviço, comodidade e conforto a bordo.
• Os autocarros eléctricos no no contexto do sistema BRT (trânsito rápido por autocarros) pode representar para Moçambique uma aposta na sustentabilidade e numa tecnologia mais avançada, moderna e inovadora, considerando as vantagens já mencionadas deste tipo de transporte.

Na Área Metropolitana de Maputo, o sistema BRT do Projecto de Mobilidade Urbana da Área Metropolitana de Maputo compreenderá um troço segregado de 22 km que se estende desde a Baixa da Cidade de Maputo até à Praça dos Combatentes, Praça da Juventude até à Rotunda Missão Roque. Posteriormente, em vias não segregadas com uma extensão de 39 km, ligará Missão Roque até Albazini, Zimpeto, Zona Verde, Matola Gare e Marracuene.

Actualmente no corredor acima mencionado operam autocarros da empresa municipal de transportes de Maputo (EMTPM) da FEMATRO (Federação Moçambicana de Transportes) e por mini-buses pertencentes a operadores privados.

Os autocarros e os pequenos transportadores que operam os mini-buses vulgo chapas 100 apoiarão o sistema BRT. O conceito é ter estes autocarros e chapas alimentando o sistema desde a periferia até aos terminais formais.

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